segunda-feira, 30 de julho de 2012

Render-te a alma


Passei uma pequena eternidade a sua espera,
E quando finalmente o encontro você foge por entre meus dedos,
Que injusto é o destino que planta este sentimento no coração,
Sentimento que pouco a pouco vai se enraizando e crescendo em sua alma,
Fincando-se em cada órgão, correndo juntamente com seu sangue em suas veias.

Sinto-me perdida quando fico perto de você,
E você parece ser tão indiferente a minha presença,
Tão indiferente a tudo isso.

Será que você possui um coração de gelo?
Ou esta fingindo não ver que estou aqui?
Tem medo de se magoar?
Ou tem medo de sentir?

Não sei o que fizeram com você,
Quem amargou o doce sabor deste sentimento,
Quem o envenenou mortalmente contra o amor.

Só quero uma chance,
Só preciso de uma chance,
Pra te mostrar que o sabor doce pode voltar a tocar seus lábios,
Que o calor pode voltar a aquecer seu corpo,
Que posso cicatrizar sua alma.

Abaixe esta maldita guarda,
Nesta guerra não é a mim que deve temer,
Você é o seu pior e único inimigo.

Olhe pra mim?
Olhe em meus olhos e vera que não minto,
Que jamais menti pra você.
E você? Já mentiu pra mim?

Será que não sente nada além de autopiedade?
Ou sente piedade de mim?

Sua mente é um mistério,
Nada sei sobre seus pensamentos,
E pouco sei sobre sua alma amargurada.

Nunca vi escorrer por sua face uma lagrima,
Mas sei que elas fluem incessantemente dentro de você,
Eu queria coloca-las em uma taça de cristal,
Beber delas e sofrer se isso fosse livrar-te da dor.

Então por favor.
Deixe-me cura-lo,
Deixe-me beijar suas cicatrizes,
E render- te a alma.

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