quarta-feira, 14 de dezembro de 2011



Lagrimas que por sua face correm,
Gritos estrondosos que de sua garganta ecoam,
A dor lacerante no peito,
O amargo da morte em sua boca.

Aquele talho em sua alma e em seu corpo,
O valioso liquido rubro se esvai,
Os olhos marejados observam as mãos,
Manchadas com seu próprio sangue.

Nos lábios daquela deusa maldita,
Como se fosse um lindo batom borrado,
Há resquícios vermelhos da sua vida,
E o prenuncio de sua morte.

Com o pouco de força e coerência que lhe resta,
Fica a pensar em como foi tolo,
Por deixar-se seduzir por aquela mulher,
Cujo o corpo era a trilha do pecado.

Fechando os olhos se lembrou,
Do som daquela bela voz,
Voz maligna que lhe fez ficar cego,
Se entregando facilmente a própria sorte.

Destino cruel trilhado a partir daquele momento,
Que os olhos negros avistou,
Naquela mulher confiou,
Nos últimos segundos de falso amor,
Que ela lhe proporcionou.

Ela o deixou ali,
Com o pouco do sangue a derramar,
Atraindo para beber dele as trevas,
Que mesmo ele após sua morte iria sentir a dor.

Maldita sedutora criatura,
Que seus olhos cegou,
Seus ouvidos enganou,
E de seu sangue se alimentou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário